O Carrapato, aquele bicho grudento, causa bem mais que aflição. Ele pode ser um vetor para doenças, representando perigo a animais domésticos e até aos humanos. Por isso, o portal Pet´s Sergipe preparou esse conteúdo, aprender alguns cuidados para lidar com essa criatura da maneira correta.
Veja, ainda, quais são as espécies mais comuns no Brasil e como se proteger delas no dia a dia.
O carrapato não é um inseto. Ele pertence à classe dos aracnídeos, assim como as aranhas e os escorpiões. Porém, ao contrário dos “primos”, esse artrópode é considerado um parasita.
Afinal, se alimenta do sangue de animais – e até de humanos.
O ciclo de reprodução começa quando a fêmea adulta se desprende do hospedeiro, depositando milhares de ovos no ambiente e morre logo em seguida é nesse exato momento, que os ovos estão na fase de incubação. O tempo até as larvas eclodirem varia de 30 a 40 dias. Em condições favoráveis de calor e umidade, o processo é mais rápido – por isso as infestações são mais comuns no verão.
As larvas se fixam em algum hospedeiro de pequeno porte para sugar o sangue e crescer. Em cerca de dez dias, se desprendem e mudam para o estágio de ninfa, no qual permanecerão por três semanas. Então, elas encontram um novo alvo, sugam mais sangue e se soltam novamente para atingir o estágio adulto.
Os carrapatos vivem na natureza, mas podem chegar ao interior das casas presos ao corpo de um cachorro, por exemplo. Eles também têm a habilidade de escalar paredes. Quando se instalam dentro da residência, costumam infestar frestas do assoalho, batentes de portas e estrados de camas, entre outras peças de madeira e alvenaria.
Os tipos de carrapato mais comuns no Brasil – Os parasitas representam perigo tanto no campo quanto na cidade. Enquanto os produtores rurais sofrem com infestações de carrapato nos cavalos, muitas famílias se preocupam com os cães e gatos. E com razão: o aracnídeo pode transmitir doenças graves. Saiba mais sobre as principais espécies:
– Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus) – Também conhecido como carrapato marrom. Ele se gruda principalmente aos cachorros, podendo se abrigar na casinha desses animais e até em postes onde os dogs marcam território. Se estiver infectado com microrganismos nocivos, pode transmitir doenças caninas como erliquiose, babesiose e hepatozoonose.
– Carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) – O popular micuim. É encontrado em áreas silvestres, além de parques, praças e terrenos baldios nas zonas urbanas. Os hospedeiros mais comuns são cavalos e capivaras, mas esse artrópode pode atacar outros animais, inclusive humanos. Quando carrega a bactéria Rickettsia rickettsii, é responsável pela febre maculosa, enfermidade altamente letal.
– Carrapato-amarelo-do-cão (Amblyomma aureolatum) – Outro transmissor da febre maculosa. Sua incidência é maior nos animais habitantes da Mata Atlântica. Porém, quando pessoas e pets da cidade visitam parques e reservas florestais, podem carregar acidentalmente o parasita para a casa. Portanto, tenha cuidado ao passear por esses lugares.
As Doença são mais comum nas zonas rurais
Você provavelmente já ouviu falar na tal doença do carrapato. Na verdade, esse é um apelido aplicado a diferentes males, já que o aracnídeo pode carregar diversos vírus e bactérias patógenas.
No caso das doenças que atingem humanos, devemos destacar a borreliose de Lyme e a febre maculosa. Ambas são preocupantes, mas têm cura quando tratadas a tempo.
Borreliose de Lyme – A doença de Lyme é causada pela mordida do carrapato infectado com a bactéria Borrelia burgdorferi. Geralmente, é diagnosticada em pessoas que visitaram áreas florestais nos Estados Unidos.
Os sintomas incluem febre, dores musculares e inchaço nas articulações. Também é comum observar erupção cutânea no local do ataque, que deixa uma grande mancha vermelha.
Nos casos mais graves, a borreliose pode comprometer o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Felizmente, existe tratamento à base de antibióticos.
Febre maculosa – A medicina registra algumas variedades de febre maculosa pelo mundo. Todas elas são transmitidas por carrapatos infectados com riquétsia, um tipo de bactéria.
No Brasil, o público mais vulnerável são os trabalhadores rurais, devido à exposição ao gado e a animais selvagens. Vale lembrar que os parasitas podem estar nesses hospedeiros ou, então, na grama.
Os sinais de febre maculosa começam com indisposição, temperatura corporal elevada e dores. Em seguida, aparecem manchas vermelhas pelo corpo. A exemplo da doença de Lyme, o tratamento também é conduzido com antibióticos.
Veneno contra carrapato e outras medidas de controle
Para controlar a proliferação de carrapatos no ambiente doméstico, primeiro você deve investir nas soluções preventivas. Confira as dicas:
– Apare a grama e a vegetação rasteira de seu pátio com frequência;
– Durante o serviço de jardinagem, use calça comprida com as barras por dentro do calçado, dando preferência a peças claras, que facilitam a visualização dos carrapatos;
– Mantenha o lixo dentro de latões fechados, evitando que sirva de alimento para animais de rua (eles podem carregar parasitas);
– Ao passear com seu cão, mantenha-o na guia para não o deixar invadir terrenos baldios, matagais e outras áreas possivelmente infestadas;
– Inspecione o pet regularmente (atrás das orelhas, na nuca, nas patas e em todas as dobrinhas) para verificar se há presença de pulgas e carrapatos. Em caso positivo, vasculhe também a casinha, os cobertores e os demais locais que a mascote frequenta.
Importante: se você encontrar carrapato fixado no animal ou em si mesmo, remova-o com uma pinça, puxando e torcendo o bicho. Não adianta esmagá-lo com os dedos, pois isso pode liberar microrganismos nocivos.
Em seguida, jogue o carrapato em água fervente até ele parar de se mover. Somente então descarte o parasita no lixo ou no esgoto.
Para tratar pets infestados, você pode recorrer a um veneno contra carrapato. Existem comprimidos, xampus e até coleiras repelentes que funcionam muito bem. Converse com o veterinário para escolher o melhor produto.
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